09/09/10

passado,

é indiscritivel o fogo da nostalgia que me consumiu naqueles momentos.
nem sabia da existência daquela caixa, não entendo porque estava ali escondida com todas aquelas pérolas do passado.  todos aqueles cd's com cada momento de todas as viagens gravado.  foram alguns dos melhores anos da minha vida. os anos em que não sei porquê mas éramos mais livres, vivíamos tudo o que havia para viver sem pensar no amanhã. fui feliz, fui muito feliz.
agora, com esta realidade à qual já me habituei, esta realidade tão cruel, fez-me até esquecer tudo, fez-me deixar de dar importância àquelas coisas simples a que dava no passado.  não sei porque me fez tornar uma pessoa tão diferente do que era, tão mais fútil e superfula, eu não era assim, eu era livre, tinha asas do tamanho do mundo. agora não entendo porquê mas nunca me senti tão enjaulada, presa até a mim própria, presa a um computador a uma televisão? há uns tempos eu queria lá saber. só queria ir para o jardim ver o sol nascer. não me importava o cabelo, ou a roupa... nada.  esqueci quem era, mas não por completo.  eu até podia ser demasiado pequena para ter aquele tipo de personalidade, mas já a tinha e nada disso desaparece. não vai desaparecer.  eu vou encontrar a MAFALDA, e deitar fora esta amostra da minha pessoa que não sei quem me obrigou a ser.

(agora que encontrei todas as fotografias, vou aqui postá-las de vez em quando)

1 comentário:

  1. Olá Mafalda,
    Crescer dói, e nem falo da dor física mas da que tu aqui nos descreves "... há uns tempos eu queria lá saber. só queria ir para o jardim ver o sol nascer. não me importava o cabelo, ou a roupa... nada.".
    Somos gente, mas somos quem? Existimos mas como e a que custo?
    "...deitar fora esta amostra da minha pessoa que não sei quem me obrigou a ser."
    Tu não te perdeste, nem foste obrigada a mudar, de uma forma que quase não te reconheces, apenas não sabes bem quem és (como eu e qq outra menina da n/ idade) e por isso és estranha até para ti.
    O que interessa é que estás aí e consciente de que não és perfeita... és apenas (e é tanto)a work in progress (desculpa o inglês mas é q acho esta expressão brilhante e perde-se totalmente na tradução = lost in translation).
    "...eu vou encontrar a MAFALDA..." e cá estou para testemunhar o caminho.
    Beijinhos,
    Bruna

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