06/03/11

eu sei que não jogo com o baralho todo e que muita coisa escapa, mas tenho sanidade mental combinada com pés bem assentes na terra que me permitem perceber que, bem, afinal de contas tenho 14 anos, vá, quase 15 e sei como é difícil fazer algo perdurar até à minha morte nesta idade. são casos raros que eu gostava mesmo de concretizar. mas é difícil e somos fracos, muito fracos.
sei que um dia (e espero que seja no limite de tudo) provavelmente vai haver um fim. eu não choro. não sou de chorar. sou daquele tipo de pessoas que se cala e congela até o tempo avançar devagar. mas também não quebro laços que se demoraram a fazer. e é por isso que aqui te digo; se um dia acabar, não acabes com tudo. não peço para ser para sempre porque isso não existe e uma mentira, mesmo que seja bonita, continua a ser mentira. não me digas que vamos morrer juntos porque quando esse dia chegar vai ser ainda mais doloroso saber que um dia me iludi. diz-me antes que me vais fazer feliz durante o tempo que tiver que durar e que apesar de tudo te esforçarás para contrariar o tempo.
quando acabar, não quero que fiques mal, quero que te lembres de mim, um dia muito mais tarde, te lembres do que fomos, te lembres das palavras e beijos sempre que passares por algum lugar que em algum momento foi nosso.
quero que continues a conseguir recriar no teu coração o que sentias. e  recorda-lo com saudade. com um sorriso na cara. que olhes para trás e digas; era a minha metro e meio.
isso é amor. é eu amar-te mesmo se um dia não estivermos juntos, por em algum espaço do tempo teres feito parte da minha vida, teres sido a minha vida. isso não muda.
amo-te. amanhã também.

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