18/04/11

ainda muito frio está aqui. de tão quente estar, congelou. tudo. é dificil acreditar em factos, por vezes. não nos convém ou não estavamos para isso preparados. nunca pensei que algum dia se tornasse um facto. aliás, porque haveria de me tocar a mim? o hábito fez de mim o que sou. habituei-me a todos os dias. a rotina é segura. o monótono é seguro. tudo a que estamos habituados é banal. e se temos tudo, tudo é fácil. nem se considera a possibilidade de um dia tudo isso nos ser tirado. as coisas mudam, o mundo não pára de girar e se não girarmos com o mundo, não fazemos parte dele. quem me dera. pior é não ter feito nada, simplesmente são as ordens do mundo. os condenados, condenados estão. e não há volta a dar a não ser abdicar até de sonhos, até do que mais valioso temos, sim, esses tais. que sem eles não passamos de almas sem rumos.  e ver o que esteve sempre presente a partir, a ser-nos tirado, a deixar-nos sozinhos. por amor, é sempre por amor. mas amava que não tivesse que ser assim. uma garantia que nada vai mudar, como se fosse possivel, era mesmo isso que gostava.

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