eu imagino-te.
às vezes esse teu rosto tapado, desfocado ou simplesmente inexistente
diz-me, tão bem como os teus olhos, o que realmente és
bem sabes que nunca precisei de te ver
no entanto vejo-te, ou vê-te a vontade do meu coração ou das minhas mãos de te sentirem
e sentem-te.
estas criações pitorescas com o cenário gasto,
atormentam-me. mesmo sabendo que quero continuar a gastá-lo e a ver e rever, esmiuçando cada possibilidade.
como se todos os meus pequeninos desejos tivessem uma criação cénica, ganhassem vida e lá, todos somos criaturas felizes.
são só desejos. e a paciência é uma virtude. talvez esteja a ser egoísta.
é que eu sei. sei que o dia chegará. mas sou assim, não me dou com o tempo, nem o tempo se dá a mim.