23/10/11

era uma coisa com que eu sonhava. no entanto nunca me faltavam argumentos para os convencer de que aquela maneira servia, aliás, que era melhor assim. não só os convencia como aos poucos isso se reflectia em mim. a relação de tempo que idealizava arrastou-se demais, fugiu para longe, tanto até passar a ser difícil acreditar que realmente imaginei que algum dia era provável tornar-se real. eu já nem pensava em certas coisas. tornou-se mais simples, porque deixei de sonhar com o que poderias dizer, fazer, onde e em que circunstâncias, para passar tudo a resumir-se em algo claro como o desejo apenas que tudo corresse bem, e que as coisas acontecessem sem mão de ninguém. e deixei de ter os sonhos tão altos, para poder ser mais fácil assimilar a realidade quando algo de bom acontecesse. agora, quase sem dar conta, tudo se vai moldando e parece-me que as rotas outrora presas num emaranhado de interrogações, estão agora, devagar a seguirem lado a lado, e eu, à espera do célebre colapso, continuo...

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