21/12/11

eu via apenas as coisas pela janela. tinha jazz em tonalidades maiores a soarem aos meus ouvidos, ninguém fazia ideia de qualquer forma, era um mundo fechado. e imaginava, quase que sentia, o frio que estava lá fora, sentia as folhas verdes na berma da estrada a cheirarem a orvalho e o ferro das grades a cheirar a sangue. sempre achei que o ferro cheira a sangue, ou o sangue cheira a ferro, mas faz-me sempre lembrar grades. o sol estava a vir, atrás das nuvens. prometia-se um dia de sol e eu imaginava-te já à minha espera.

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