05/05/10

alma

Fui-me encontrar, nesses pedaços de nada que voam pela escuridão, como não podia deixar de a ser, por muitas luzes que acendesses e apagasses por sua inutilidade, ia ser sempre assim, estes balanços inconscientes de não sei quê, essa forma de estar inexistente em que não pertences ao mundo. Nem a ti. E deixas vaguear a tua alma por essa escuridão vazia, inútil e silenciosa em que nada te dá respostas, nada te diz o porquê ou a razão de o ser. Só tens que esperar nessas tentativas de lucidez em que não te encontras nem te procuras, apenas tentas entender-te.
Isso, que tal como isto, deixou de ter sentido a partir do momento em que me calei e deixei sonhos incompletos, como quem não quer saber nem procura a sua razão, dado à teoria da inexistência.

Como uma alma que vagueia, que não sabe quem é.

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